segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Johnny Depp é ''gonzo'' de novo

O livro "Medo e Delírio em Las Vegas" de Hunter Thompson foi encarnado nas telonas no final dos anos 90 por Benício Del Toro e um Depp jovem e enlouquecido no papel do "gonzo'' maior.

Uma década depois é a vez de outro livro do menino Hunter ser interpretado por Depp.
''The Rum Dairy'', segundo livro de Thompson, marca a trajetória de outro jornalista, Paul Kemp, através dos anos 50 em Porto Rico.
O livro, inclusive, foi recentemente lançado no Brasil pela editora LPM .
Já o filme é dirigido por Bruce Robinson. E não deverá ser menos louco.

Aliás, para os fãs de Hunter Thompson, a revista trip desse mês (Agosto) traz ilustrações de outro grande amigo de Thompson: Ralph Steadman, que no seu mais recente livro mostra desenhos e ilustrações de vários cachorros mundo afora.


A dica está aí! Vá fundo nos maravilhosos mundos de Hunter Thompson e Ralph Steadman.
Ah, em tempo: O caddilac lá em cima com Depp e Del Toro, está em leilão na internet. Alguém se habilita?

sábado, 25 de junho de 2011

O Baú da casa própria...

 Uma parte do que sobra restaurantes e bares em Moab, estado de Utah nos EUA, vai pra uma casa sem luz, água, móveis , etc...
O destino é a caverna onde mora Daniel Suelo, que há dez anos desistiu do capitalismo selvagem, adotando para si, uma vida igualmente rude.

                                 
Daniel hoje em dia mora numa caverna, não é comunista, e diz não estar triste.
Assim como em Na Natureza Selvagem, filme do aclamado diretor, Sean Penn, o persongem principal dessa história, desisitiu dos bens materiais e pessoas ao redor, para viver isolado, sem contato diário com o ser humano.
Sua história cruza com o personagem de Na Natureza Selvagem justamente quando resolveu conhecer o Alaska e a partir dali, rodou os EUA sem destino.
                                                          
 Daniel já foi ativista, do tipo que se senta em árvores para impedir sua derrubada, já morou na India, é fã de Dalai lama, mas não se considera fanático por esses mestres, apenas os admira.

O homem das cavernas de Utah, é formado em antropologia pela Universidade do Colorado.
Suelo se diz a favor da tecnologia sim, uma vez que ela não vise apenas lucros, e sim traduzam necessidade.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Cuba lança porrada!

Cuba, depois dos velhinhos safados do Buena Vista Social Club, está ficando mais famosa no underground. Os punks, conhecidos por Frikis, são o novo problema da polícia da ilha.
Na maioria anarquistas,  não querem viver à sombra de Fidel e seus companheiros.
Punks, drogados, gays e prostitutas são figurinhas fáceis nos documentários sobre a nova onda que invade Cuba e sacode as fileiras dos irmãos Castro.
O filme Habana Blues, mostra uma faceta musical de Cuba, que beira o pop  com pitadas latinas, despejando sexo, uma musicalidade absurda e muita malandragem. Vale conferir.
A banda Resistenzia, por exemplo, é apenas um exemplo do coletivo udigrude cubano.


Os frikis vieram pra sacudir a poeira comunista que paira sobre o país. Eles já despertam o olhar estrangeiro de gente famosa, como a fotógrafa inglesa Helena de Bragança, que lançou recentemente ''I am Cuban", um registro fiel dos perdidos e emblemáticos moradores de uma Cuba mais lado B ainda.
Helena diz que a diferença peculiar entre os punks cubanos dos tradicionais, ''...Talvez resida no fato de que Cuba oferece Educação gratuitamente, e eles trabalham. São extremamente inteligentes''...


Tudo o que Obama não quer na América, Fidel e Raul  tentam esconder no país onde tomar uma coca-cola já e talvez seja ainda um crime inafiançável: A liberdade de expressão.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Nan Goldin

Goldin, judia, nasceu na suja América da década de 50.
Aos 18 começou na arte de clicar doideras.
Nan virou mestre nisso.
Hoje ganha a vida através das fotos que fez ao longo dos anos, sempre nos escombros, redutos undergrounds e trazendo à tona, caras e corpos mutilados, queimados, desnudos, murchos, verrugosos, amputados de estética agressiva e maravilhosa ao mesmo tempo.



Nan, apesar de não mais fotografar, vive dos frutos de sua arte.
A obra de Nan, recentemente esteve exposta na 24ª Bienal de São Paulo.

Punks, gays, artistas falidos, ex-modelos drogadas e toda uma gama de loucos já posaram, até sem saber, pra Nan Goldin.

 

terça-feira, 17 de maio de 2011

Presuntinho defumado da Itália.

Você conhece a Sicília?
Eu não. Ainda não pus meus pés na terra dos especialistas em dessecar e preservar cadáveres, o que vou fazer antes de partir pra cova.
Hei ainda de me entranhar por corredores cheirando à roupa velha e incensos de flor de tangerina: O monastério dos capuchinhos em Palermo.
A iluminação do local, a base de lâmpadas fluorescentes, dá a um legista de carreira, a noção de estar em casa
.
As publicações sobre o lugar, tratam de convencer ao leitor, de que ao contrário de nós, os sicilianos não vem na exibição de cadáveres, o pavor e o mistério encontrados na população do lado de cá do oceano.
A primeira vez que vi esses fradinhos pendurados na parede feito bonecas de armazém, foi num quadro do Fantástico da Rede Globo, com o gonzomaníaco Mauríco Kubrusly.
A reportagem me deixou por semanas encantado. Marcante. Extrasensorial.
Gravei a matéria numa antiga fita de vídeo, a qual antes de mofar no fundo de uma gaveta de quinquilharias, recortes e fitas K7, por muitas das vezes me fez arrepiar de vontade atravessar o oceano a nado, e conhecer o cemita capuccino.


Por ali, 2000 defuntinhos, repousam suas carcaças, aguardando o próximo gonzo. Sim, não se passa por ali impune da certificação Iso 9002  gonzomaníaco.
Não são ali pendurados apenas religiosos, como acontece em igrejas e monastérios espalhados mundo afora.
Médicos, advogados, artistas, policiais, crianças e demais moradores de Palermo, também servem de enfeite às paredes surradas de mofo e carne seca.
Crianças com esqueletinhos no colo, capelas dedicadas às virgens, tudo ali, pra ser espiado e por muitos venerado.
Maurício Kubrusly, e outra infinidade de gonzos já visitaram os capuchinhos mumificados. Talvez falte agora só eu e você leitor pra respirar a maisnatureba das  fragâncias. Até  a próxima.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Shakespeare and Company, o muquifo de Jeremy.

O jornalista pra lá de Gonzo, o canadense Jeremy Mercer, 40, decidiu no início dessa década, que deixaria seu país, e moraria numa livraria.
Destino: França.
Como qualquer outro doido fã literatura sonhasse fazer.
O diferencial que Mercer escolheu, foi a mais famosa livraria parisiense, a Shakespeare and Company.



Mercer, morou e trabalhou na livraria por meses, ganhou estadia gratuita, conheceu todo tipo de gente doida, e não perdeu tempo: Escreveu "Um livro por dia", obra já lançada no Brasil pela editora Casa da Palavra. 
O jornalista, foi acusado de "sensacionalista" pela dona atual do local, Sylvia Whitman, filha de George Whitman, proprietário de uma outra Shakespeare and Co.
Sylvia define ainda os comentários de Mercer: "Lenda".




A história de que quem vive ali é obrigado a ler um livro por dia, é fantasiosa, impossível de ser verdade, a leitura constante apenas é incentivada.Jeremy Mercer não teve vergonha de dar tons sensacionalistas à sua história sobre a livraria mais estilosa de Paris.
Se quem morava ali tinha de ler ou não um livro por dia, não importa, o que é mais louco, é que você pode conviver com quem faz arte, e não com quem apenas pensa em arte. 
O blog aqui aproveita e cita Ferreira Gullar, que num arecente reunião com escritoras e educadoras, disse: "Arte não é ter boa idéia, é fazer. Boa idéia é Caninha 51".  

                                                      A caminha de Mercer seria essa?
       Dê um pulinho lá:
Shakespeare & Company
37 rue de la Bûcherie
75005 Paris
news@shakespeareandcompany.com

terça-feira, 3 de maio de 2011

O povo Pataxó - O primeiro olá pra Cabral!

Desde pequeno, sempre tive curiosidade sobre o povo indígena.
Aos seis anos, meu "Forte Apache", era um termômetro de meu gosto pessoal, uma vez que os indinhos nunca se estragavam, já os Custers e oficiais de plástico, sempre morriam em emboscadas, vítimas de machadinhas e flechas fatais.
Em 1978, recebi de uma parente de Cuiabá-MT, meu primeiro postal com os povos indígenas.
Em 2003, tive o primeiro contato com os Pataxós da Bahia.
Os novos amigos me levaram pra conhecer de perto sua cultura.
Não foi na aldeia, e sim numa fazenda aqui em Minas mesmo, numa experiência além divisas.
Eles existem! E receberam o escriba aqui com o maior respeito, e recíproco é claro, uma vez que estar com os descendentes diretos da primeira tribo que recebeu Cabral e seus portugas, foi surreal.

                                O pataxó aqui, psicodélico entre os primeiros brasucas...

História e cultura ímpares.
Pataxó, segundo estudiosos, significa o barulho que a água do mar faz ao bater numa pedra, e quando retorna pro mar.
Conheci os aborígenes, e nessa época, mesmo não sendo o maior fã da culinária carnívora, fui convidado pra um churrasco! Isso mesmo!
Regado a carne de vaca, panelas com muita comida e toda tribo reunida, conheci melhor alguns ícones da tribo.
O cacique, o pajé, o artista (encarregado de tatuar a base de água, genipapo e carvão).
As mulheres não conversam com os "não índios", apenas sorriem respeitosamente sempre que as encaravam. Uai... fazer o quê...

                   Aproveitei e logo fiz minha pintura com eles: Juary Pataxó mandou bem!

Em 2006, eles voltaram em Minas pra mais uma semana de arte baiana, e a gente se rencontrou. dessa vez, ficarm em hotéis, não em uam fazenda, o que diminuiu nosso contato em muito...
Revi o antigo cacique, conheci os novos líderes da tribo, e ainda acompanhei alguns de seus rituais...

                                          2006 na Fundação Cultural - revendo os amigos

terça-feira, 26 de abril de 2011

Morre na Índia, Sai Baba

                                                                             

Domingão, de bobeira, fuçando na net, fiquei meio que estarrecido com uma notícia, digna aqui do blog: Morreu na India, Sathy Sai Baba, um dos grandes avatares locais.
Eu já saquei há alguns anos o traba
lho do garoto indiano, ele, o mestre dos mestres, o asceta dos ascetas, o cabeludo a la Tim Maia, que materializava anéis e relógios, que deixava "jorrar' de um vaso pequeno, quilos de cinzas, capazes de encher uma caçamba (isso mesmo) se desejasse que isso acontecesse.


Sai Baba, oitentão esperto e gente fina, teve falência múltipla dos órgãos e deixa "órfãos", milhões de indianos, e abre uma lacuna no rol de gurus que permeiam a terra de sadhus e iogues. Sai Baba, segundo seus seguidores, era capaz de realizar vários milagres.
Já escutei relatos impressionantes de gente bem próxima, de boa fé, de que o hindu cabeludo tinha o poder de ler mentes, mesmo que separadas por oceanos, literalmente, de distância.
Sai Baba deixou construido um hospital, uma universidade, hotéis e até um aeroporto privado. Tudo isso, é claro, com ajuda de ricos empresários, todos devotos.

O funeral de Sai Baba, acontece hoje, terça-feira.

domingo, 24 de abril de 2011

Chinês que expôs na Bienal de São Paulo está preso.

O escriba aqui esteve na Bienal de Artes de São Paulo ano passado, e entre genitálias femininas, assassinos de chefes de Estado e línguas cortadas ao som de pianos envoltos em cêra de vela, me deparei com o que há de gigantesco em se tratando de esculturas de bronze: O zodíaco chinês. Isso sim, amiguinhos...

O trampo acima, é do chinês Ai Wei Wei, que semana passada teve prisão decretada em seu país, acusado de bigamia, pornografia e sonegação fiscal..
O que nem é preciso dizer, gerou comoção no mundo artístico todo, e milhares de assinaturas foram colhidas, na ânsia de ver Wei Wei nas ruas novamente.
O menino da terra de Bruce Lee, está com 54 anos, e para Bienal de 2010, trouxe suas esculturas gigantes pra terrinha apreciar.

Wei Wei é artista considerado contraventor em seu país de origem, trabalha também em porcelana e já levou da América, o logo da Coca-Cola pra ser trabalhado em seu ateliê e exposto na terra da pólvora.
Estive na Bienal, e não resisti em me ver aqui nas páginas do blog, justamente entre as esculturas de Wei Wei... abraço e até a próxima...

                                                       

terça-feira, 12 de abril de 2011

Didgeridoo


Descobri outro dia, no computador, o tal Paciencia Spider.
Bom jogar aquilo.
Meio Lemmy, meio Spectral Swing ("las Vegas"), jogatina brava, sem o perde-ganha tradicional.
Pra que o jogo fique menos chato( tem horas que fica), resolvi colocar um sonzinho: "DIDGERIDOO´s songs", pirei!
O som é muito louco, e o instrumento não poderia ser mais exótico, por isso mesmo, digno do blog.
O aerofone, instrumento dos indígenas australianos,no princípio era feito de bambu, e tem o som muito f***.
Depois de escutar umas trinta vezes o mesmo som, fui no You Tube saber qual era a do aerofone da terra dos cangurus.
Pancada, achei vídeos maravilhosos do danado.
Descobri algumas instrumentistas de rua, duas na verdade, que mandam muito bem: Augustina Mosca (Buenos Aires na melança) e a talvez mais famosa, a francesinha Adele Blanchin, toca nas ruas, clubes e vitrines de Paris.
O nome do instrumento, na verdade vem do som que ele gera.
O Didgeridoo é comumente usado em celebrações dos nativos, mas é escutado também em raves e
grupos de jazz utilizam o "minino".

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Click naquela hora...

Qual é a sua cara durante um orgasmo? Nunca teve essa curiosidade? As jovens fotógrafas Alexia Santi, e Nathalia Guimarães tiveram.
Não só as próprias caras na "hora h", bem como a de seus amigos.
As meninas fotografaram tudo.
Amigos gemendo e se contorcendo enquanto experimentam o danado, podem ser vistos no flickr de Alexia(http://www.flickr.com/photos/alexiasanti1/).

A fotógrafa, diz que não havia dificuldade, uma vez que ex-namorados e amigos em comum participavam das sessões e o clima de intimidade muito forte, gerava essa segurança toda.
Enfim: Tripé armado ( pra eles,literalmente ), um lugar confortável,  e "aquela"espera, o que segundo ela dá pra perceber quando está pra "acontecer."
Nathalia que se autorretratou, e como na época estava de rolo com Alexandre, também o clicou.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Hikikomoris


No filme ''Tokyo'', de 2008, dos diretores Michel Gondry, Leos Carax e Jooh-Ho Bong, uma das tres esquetes do longa, traz a historia de um já comum tipo de habitante da terra do sol nascente, e personagem cada vez mais comum na civilização ocidental, o Hikikomori.
O sujeito, como o da foto acima, se recusa a sair de casa, e a partir do que tem entre quatro paredes, sobrevive.
Não há contato exterior, a não ser pelo método ''delievery'' de comer, consumir produtos diversos e bens de serviço. No filme, o japinha conhece durante a trocentésima entrega de pizza em seu muquifo, a possível ''libertadora'' de sua vida trancafiada, uma vez que se apaixona pela garota e depois de um sumiço por parte da moçoila,  se propõe a encontrá-la, começando uma alucinada ''caçada'' pelas ruas de Toquio, o que muito o deixou assustado: A capital japonesa está lotada de hikikomoris, e por conta disso as ruas estão vazias.
O lado hikikomori do filme pode parecer um jeito auto-suficiente e alternativo de se viver, mas na internet existem vídeos de famílias obrigando seus adolescentes a sairem dos seus quartos, em cenas de quase violência, lembrando em muito as capturas de esquisofrênicos, por clínicas de saúde mental.
A internet, através das redes sociais, o que incluo esse blog também, não poderiam estar revelando, que cada vez mais, os Hikikomoris não estão apenas no Japão, mas estão bem ao nosso lado, ou ainda pior: Dentro de nossas cabeças...


TOKYO! The Official Movie Trailer - Michel Gondry, Leos Carax and Bong Joon-ho from micfsk on Vimeo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ao melhor de todos, as homenagens...



Olá, Hello, Hey, Hola!!!
Sou Marcelo, graduando em Jornalismo, e tenho os olhos e cérebro voltados sempre pro que há de inusitado (ou se pensarmos bem, de REAL) nesse mundo.
O Jornalismo aqui do blog, nada mais é do que uma panela com vários ingredientes, que se degustados sozinhos, na imensa mesa do jornalismo tradicional e ortodoxo, certamente serão colocados ao lado do prato; mas ao serem misturados na panela do Jornalismo Gonzo, torna-se além de muito reflexivo, viciante.
Nossa primeira postagem será com o moço da foto acima, ícone do estilo no Brasil: Arthur Veríssimo.
Arthur, já foi punk, DJ na noite paulistana, adorador de Rajneesh, hoje conhecido por Osho, e há décadas publica sua viagens na revista Trip.
Suas matérias, traduzem o que há de mais interessante mundo afora.
Meu contato com ''Mestre Arthur'', resume-se apenas num email , onde ele se mostra uma pessoa humilde e com a qualidade quase que inédita no nosso meio: Saber ouvir (no caso ler) e refletir críticas, além de absorver corretamente aos elogios.
Arthur narra mensalmente nas páginas da Revista Trip, suas peripécias não só na Índia, país que já visitou por quase vinte vezes, viagens que lhe renderam um livro: Karma Pop, uma obra prima que o autor assina, mas também suas andanças pelo mundo...
Aperte os cintos, que o Planeta Gonzo vai decolar!
Boa Viagem!