Goldin, judia, nasceu na suja América da década de 50.
Aos 18 começou na arte de clicar doideras.
Nan virou mestre nisso.
Hoje ganha a vida através das fotos que fez ao longo dos anos, sempre nos escombros, redutos undergrounds e trazendo à tona, caras e corpos mutilados, queimados, desnudos, murchos, verrugosos, amputados de estética agressiva e maravilhosa ao mesmo tempo.
Nan, apesar de não mais fotografar, vive dos frutos de sua arte.
A obra de Nan, recentemente esteve exposta na 24ª Bienal de São Paulo.
Punks, gays, artistas falidos, ex-modelos drogadas e toda uma gama de loucos já posaram, até sem saber, pra Nan Goldin.
terça-feira, 31 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Presuntinho defumado da Itália.
Você conhece a Sicília?
Eu não. Ainda não pus meus pés na terra dos especialistas em dessecar e preservar cadáveres, o que vou fazer antes de partir pra cova.
Hei ainda de me entranhar por corredores cheirando à roupa velha e incensos de flor de tangerina: O monastério dos capuchinhos em Palermo.
A iluminação do local, a base de lâmpadas fluorescentes, dá a um legista de carreira, a noção de estar em casa
Eu não. Ainda não pus meus pés na terra dos especialistas em dessecar e preservar cadáveres, o que vou fazer antes de partir pra cova.
Hei ainda de me entranhar por corredores cheirando à roupa velha e incensos de flor de tangerina: O monastério dos capuchinhos em Palermo.
A iluminação do local, a base de lâmpadas fluorescentes, dá a um legista de carreira, a noção de estar em casa
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As publicações sobre o lugar, tratam de convencer ao leitor, de que ao contrário de nós, os sicilianos não vem na exibição de cadáveres, o pavor e o mistério encontrados na população do lado de cá do oceano.
A primeira vez que vi esses fradinhos pendurados na parede feito bonecas de armazém, foi num quadro do Fantástico da Rede Globo, com o gonzomaníaco Mauríco Kubrusly.
A reportagem me deixou por semanas encantado. Marcante. Extrasensorial.
Gravei a matéria numa antiga fita de vídeo, a qual antes de mofar no fundo de uma gaveta de quinquilharias, recortes e fitas K7, por muitas das vezes me fez arrepiar de vontade atravessar o oceano a nado, e conhecer o cemita capuccino.
As publicações sobre o lugar, tratam de convencer ao leitor, de que ao contrário de nós, os sicilianos não vem na exibição de cadáveres, o pavor e o mistério encontrados na população do lado de cá do oceano.
A primeira vez que vi esses fradinhos pendurados na parede feito bonecas de armazém, foi num quadro do Fantástico da Rede Globo, com o gonzomaníaco Mauríco Kubrusly.
A reportagem me deixou por semanas encantado. Marcante. Extrasensorial.
Gravei a matéria numa antiga fita de vídeo, a qual antes de mofar no fundo de uma gaveta de quinquilharias, recortes e fitas K7, por muitas das vezes me fez arrepiar de vontade atravessar o oceano a nado, e conhecer o cemita capuccino.
Por ali, 2000 defuntinhos, repousam suas carcaças, aguardando o próximo gonzo. Sim, não se passa por ali impune da certificação Iso 9002 gonzomaníaco.
Não são ali pendurados apenas religiosos, como acontece em igrejas e monastérios espalhados mundo afora.
Médicos, advogados, artistas, policiais, crianças e demais moradores de Palermo, também servem de enfeite às paredes surradas de mofo e carne seca.
Crianças com esqueletinhos no colo, capelas dedicadas às virgens, tudo ali, pra ser espiado e por muitos venerado.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Shakespeare and Company, o muquifo de Jeremy.
O jornalista pra lá de Gonzo, o canadense Jeremy Mercer, 40, decidiu no início dessa década, que deixaria seu país, e moraria numa livraria.
Destino: França. Como qualquer outro doido fã literatura sonhasse fazer.
O diferencial que Mercer escolheu, foi a mais famosa livraria parisiense, a Shakespeare and Company.
Mercer, morou e trabalhou na livraria por meses, ganhou estadia gratuita, conheceu todo tipo de gente doida, e não perdeu tempo: Escreveu "Um livro por dia", obra já lançada no Brasil pela editora Casa da Palavra.
O jornalista, foi acusado de "sensacionalista" pela dona atual do local, Sylvia Whitman, filha de George Whitman, proprietário de uma outra Shakespeare and Co.
Sylvia define ainda os comentários de Mercer: "Lenda".
A história de que quem vive ali é obrigado a ler um livro por dia, é fantasiosa, impossível de ser verdade, a leitura constante apenas é incentivada.Jeremy Mercer não teve vergonha de dar tons sensacionalistas à sua história sobre a livraria mais estilosa de Paris.
Se quem morava ali tinha de ler ou não um livro por dia, não importa, o que é mais louco, é que você pode conviver com quem faz arte, e não com quem apenas pensa em arte. O blog aqui aproveita e cita Ferreira Gullar, que num arecente reunião com escritoras e educadoras, disse: "Arte não é ter boa idéia, é fazer. Boa idéia é Caninha 51".
A caminha de Mercer seria essa?
Dê um pulinho lá:
Shakespeare & Company
37 rue de la Bûcherie
75005 Paris
news@shakespeareandcompany.com
Destino: França. Como qualquer outro doido fã literatura sonhasse fazer.
O diferencial que Mercer escolheu, foi a mais famosa livraria parisiense, a Shakespeare and Company.
Mercer, morou e trabalhou na livraria por meses, ganhou estadia gratuita, conheceu todo tipo de gente doida, e não perdeu tempo: Escreveu "Um livro por dia", obra já lançada no Brasil pela editora Casa da Palavra.
O jornalista, foi acusado de "sensacionalista" pela dona atual do local, Sylvia Whitman, filha de George Whitman, proprietário de uma outra Shakespeare and Co.
Sylvia define ainda os comentários de Mercer: "Lenda".
A história de que quem vive ali é obrigado a ler um livro por dia, é fantasiosa, impossível de ser verdade, a leitura constante apenas é incentivada.Jeremy Mercer não teve vergonha de dar tons sensacionalistas à sua história sobre a livraria mais estilosa de Paris.
Se quem morava ali tinha de ler ou não um livro por dia, não importa, o que é mais louco, é que você pode conviver com quem faz arte, e não com quem apenas pensa em arte. O blog aqui aproveita e cita Ferreira Gullar, que num arecente reunião com escritoras e educadoras, disse: "Arte não é ter boa idéia, é fazer. Boa idéia é Caninha 51".
A caminha de Mercer seria essa?
Dê um pulinho lá:
Shakespeare & Company
37 rue de la Bûcherie
75005 Paris
news@shakespeareandcompany.com
terça-feira, 3 de maio de 2011
O povo Pataxó - O primeiro olá pra Cabral!
Desde pequeno, sempre tive curiosidade sobre o povo indígena.
Aos seis anos, meu "Forte Apache", era um termômetro de meu gosto pessoal, uma vez que os indinhos nunca se estragavam, já os Custers e oficiais de plástico, sempre morriam em emboscadas, vítimas de machadinhas e flechas fatais.
Em 1978, recebi de uma parente de Cuiabá-MT, meu primeiro postal com os povos indígenas.
Em 2003, tive o primeiro contato com os Pataxós da Bahia.
Os novos amigos me levaram pra conhecer de perto sua cultura.
Não foi na aldeia, e sim numa fazenda aqui em Minas mesmo, numa experiência além divisas.
Eles existem! E receberam o escriba aqui com o maior respeito, e recíproco é claro, uma vez que estar com os descendentes diretos da primeira tribo que recebeu Cabral e seus portugas, foi surreal.
O pataxó aqui, psicodélico entre os primeiros brasucas...
História e cultura ímpares.
Pataxó, segundo estudiosos, significa o barulho que a água do mar faz ao bater numa pedra, e quando retorna pro mar.
Conheci os aborígenes, e nessa época, mesmo não sendo o maior fã da culinária carnívora, fui convidado pra um churrasco! Isso mesmo!
Regado a carne de vaca, panelas com muita comida e toda tribo reunida, conheci melhor alguns ícones da tribo.
O cacique, o pajé, o artista (encarregado de tatuar a base de água, genipapo e carvão).
As mulheres não conversam com os "não índios", apenas sorriem respeitosamente sempre que as encaravam. Uai... fazer o quê...
Aproveitei e logo fiz minha pintura com eles: Juary Pataxó mandou bem!
Em 2006, eles voltaram em Minas pra mais uma semana de arte baiana, e a gente se rencontrou. dessa vez, ficarm em hotéis, não em uam fazenda, o que diminuiu nosso contato em muito...
Revi o antigo cacique, conheci os novos líderes da tribo, e ainda acompanhei alguns de seus rituais...
2006 na Fundação Cultural - revendo os amigos
Aos seis anos, meu "Forte Apache", era um termômetro de meu gosto pessoal, uma vez que os indinhos nunca se estragavam, já os Custers e oficiais de plástico, sempre morriam em emboscadas, vítimas de machadinhas e flechas fatais.
Em 1978, recebi de uma parente de Cuiabá-MT, meu primeiro postal com os povos indígenas.
Em 2003, tive o primeiro contato com os Pataxós da Bahia.
Os novos amigos me levaram pra conhecer de perto sua cultura.
Não foi na aldeia, e sim numa fazenda aqui em Minas mesmo, numa experiência além divisas.
Eles existem! E receberam o escriba aqui com o maior respeito, e recíproco é claro, uma vez que estar com os descendentes diretos da primeira tribo que recebeu Cabral e seus portugas, foi surreal.
O pataxó aqui, psicodélico entre os primeiros brasucas...
História e cultura ímpares.
Pataxó, segundo estudiosos, significa o barulho que a água do mar faz ao bater numa pedra, e quando retorna pro mar.
Conheci os aborígenes, e nessa época, mesmo não sendo o maior fã da culinária carnívora, fui convidado pra um churrasco! Isso mesmo!
Regado a carne de vaca, panelas com muita comida e toda tribo reunida, conheci melhor alguns ícones da tribo.
O cacique, o pajé, o artista (encarregado de tatuar a base de água, genipapo e carvão).
As mulheres não conversam com os "não índios", apenas sorriem respeitosamente sempre que as encaravam. Uai... fazer o quê...
Aproveitei e logo fiz minha pintura com eles: Juary Pataxó mandou bem!
Em 2006, eles voltaram em Minas pra mais uma semana de arte baiana, e a gente se rencontrou. dessa vez, ficarm em hotéis, não em uam fazenda, o que diminuiu nosso contato em muito...
Revi o antigo cacique, conheci os novos líderes da tribo, e ainda acompanhei alguns de seus rituais...
2006 na Fundação Cultural - revendo os amigos
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